A inflação nos EUA está pressionando famílias americanas como nunca visto desde a década de 1930. O principal motivo? Novas tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump.
Desde abril, quando a ordem foi dada, o preço de diversos produtos começou a subir. Se antes os consumidores se preocupavam com o aumento do custo de vida, agora essa preocupação se intensifica, impactando o bolso de forma mais direta. Alimentos, energia, eletrônicos, joias… a lista de itens afetados é extensa.
As tarifas custam caro
As tarifas médias efetivas chegam a 17,4% em 2025, a maior desde 1935. A cobrança anual para cada domicílio americano gira em torno de US$ 2.300.
Em abril, a Casa Branca anunciou uma ordem executiva que previa uma tarifa base de 10% sobre a maioria das importações, seguida por sobretaxas diferenciadas por país. A alíquota varia de acordo com a relação comercial dos EUA com cada nação e o saldo de negociações bilaterais.
A medida tem causado impacto em diferentes velocidades ao longo das cadeias de suprimento. Algumas empresas conseguiram adiar reajustes de preços, mas o Fed, em seu relatório “Livro Bege” divulgado em agosto, já registrou aumentos de preços relacionados às tarifas em diversas regiões e setores. Essa mudança no preço dos insumos se reflete na conta do consumidor final, com produtos como café, bananas, joias e televisores registrando aumentos mais expressivos.
Uma batalha legal
Em meio à crescente pressão inflacionária, decisões judiciais questionam a legalidade da medida, mas a cobrança continua em vigor. As novas tarifas colocam em xeque o equilíbrio econômico, gerando incerteza e tensão entre o governo americano e diversos atores internacionais.