Ninguém quer trabalhar em supermercado e o culpado é o próprio setor: jovens rejeitam baixos salários e jornadas exaustivas, enquanto redes recorrem ao Exército, idosos e aposentados para preencher vagas

Ninguém quer trabalhar em supermercado e o culpado é o próprio setor: jovens rejeitam baixos salários e jornadas exaustivas, enquanto redes recorrem ao Exército, idosos e aposentados para preencher vagas

Ninguém quer trabalhar em supermercado e o culpado é o próprio setor: jovens rejeitam baixos salários e jornadas exaustivas, enquanto redes recorrem ao Exército, idosos e aposentados para preencher vagas.

Nos anos 2000, trabalhar em supermercado era quase um ritual de passagem. Era onde os jovens ganhavam o seu primeiro contracheque, a sua primeira independência e, claro, o barzinho no fim de semana. Mas esses tempos já são distantes. As redes de supermercado estão enfrentando uma crise de atratividade, e não é por falta de vagas. Atualmente, o desemprego está em seu menor nível histórico, e a internet mudou definitivamente como os jovens encaram o trabalho.

Os jovens que tinham o supermercado como o seu primeiro emprego preferem hoje trabalhos informais pela flexibilidade. E é fácil entender porque. A jornada de oito horas diárias, sem ar-condicionado, salário mínimo e pouca perspectiva de crescimento não é nada atraente. “Os jovens que escolhiam o supermercado como primeiro emprego agora têm outras opções”, resume o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Os problemas das supermercadistas não são somente os baixos salários, mas também as jornadas exaustivas. Em Nova Iguaçu, por exemplo, uma vaga de operador de caixa oferecia apenas R$ 1.600, mas incluía também tarefas de limpeza e reposição – um “faz tudo” disfarçado. Quando se compara esse valor ao custo de vida, a conta simplesmente não fecha. A cesta básica custa cerca de R$ 432, o aluguel de um pequeno apartamento ultrapassa R$ 1 mil.

A Escassez de Mão de Obra

A escassez de mão de obra é um retrato de um novo tempo. As empresas estão procurando os trabalhadores em vez de os trabalhadores procurarem os empregos. Isso significa que as redes de supermercado estão enfrentando uma enorme dificuldade para encontrar funcionários para as suas vagas. E quando conseguem preencher uma vaga, a rotatividade é alta e muitos funcionários abandonam o cargo em poucas semanas. É como se estivessem jogando cartas com um baralho de desculpas.

O Futuro do Trabalho

É óbvio que o modelo tradicional de trabalho não está mais atraente para os jovens. E é preciso questionar se as redes de supermercado estão prontas para se adaptar a esses novos tempos. A realidade é que o mercado de trabalho está mudando rapidamente, e as empresas precisam se adaptar para atrair e reter os talentos. O futuro do trabalho não é mais a jornada tradicional de oito horas, mas sim a flexibilidade e a autonomia. É hora de redefinir o que significa trabalhar em supermercado.

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