Nada de caminhão e motoboy: cidade chinesa inova e usa metrô como rota de entrega, reduzindo custos e o tráfego urbano
Em Shenzhen, uma das metrópoles mais tecnológicas da China, as coisas estão mudando. O metrô, tradicionalmente um meio de transporte para passageiros, agora é usado para algo muito mais interessante: entregas comerciais. A cidade criou um sistema inovador que utiliza robôs e veículos autônomos para transportar encomendas e suprimentos diretamente pelas linhas subterrâneas. E isso não é tudo, ainda bem!
A solução para a logística urbana
O sistema aproveita os horários de menor movimento para realizar as entregas, reduzindo a demanda nas ruas e minimizando o congestionamento. Além disso, esse modelo ajuda a otimizar o uso da infraestrutura pública, tornando o transporte de cargas mais eficiente e sustentável. A ideia de usar o metrô para entrega de mercadorias é uma revolução na gestão urbana e aproveita recursos já existentes. A ocupação da malha subterrânea também se torna mais eficiente, contribuindo para a redução do tráfego urbano.
O projeto, desenvolvido pela VX Logistics e pela Neolix, começou com 41 robôs capazes de transportar até 500 quilos cada um. Eles viajam em vagões reservados fora dos horários de pico e fazem entregas em mais de 100 lojas conectadas ao sistema. Segundo estimativas da empresa, essa frota é suficiente para atender toda a demanda da rede 7-Eleven durante períodos de alta movimentação. A abordagem da entrega pelo metrô não apenas reduz custos, mas também diminui o tráfego na superfície e a emissão de poluentes, tornando-se uma solução mais ambiente.
Como funciona o sistema
Esse sistema inovador utiliza os equipamentos desenvolvidos pela VX Logistics e pela Neolix. Os robôs autônomos circulam entre plataformas, elevadores e trens sem intervenção humana, operando de forma totalmente automatizada. Isso é possível graças à sua capacidade de navegar por ambientes complexos. Essa abordagem é um exemplo da tendência crescente de utilizar inteligência artificial na logística de última milha.
Um dos principais benefícios do sistema é a redução de custos operacionais, que é de até 30% menor do que os veículos tradicionais. Os custos são reduzidos pela ausência de cabine humana, baixo consumo energético e eliminação de custos com motoristas e manutenção complexa. Com essa solução, Shenzhen passa a ser um exemplo de como a inovação pode ser utilizada para melhorar a gestão urbana.
Essa tendência reflete uma busca por uma melhor gestão dos recursos existentes, tornando cada vez mais eficiente a ocupação das infraestruturas que já possuímos. A cidade chinesa de Shenzhen está à frente no que diz respeito à inovação em soluções de logística e é um exemplo para outras cidades e países.