Governo brasileiro quer dominar terras raras e transformar minerais estratégicos em motor da nova revolução tecnológica.
Em outubro de 2025, o Brasil embarcou em uma jornada ambiciosa para tomar o controle das terras raras, minerais cruciais para a produção de baterias, semicondutores e equipamentos militares. Esta decisão não é apenas uma medida política, mas sim uma opção estratégica para assegurar uma transição ecológica real e promover um crescimento industrial sustentável.
A voz de Celso Amorim: por uma indústria nacional forte
O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, é um dos principais defensores desta estratégia. Em uma entrevista recente, ele enfatizou a importância de controlar toda a cadeia produtiva de terras raras, desde a extração até o beneficiamento e a produção de baterias e semicondutores. “É essencial agregar valor antes de exportar as matérias-primas”, disse Amorim. “Isso fortalece a indústria nacional e reduz a dependência externa”. A prioridade, segundo o assessor, é fortalecer a indústria nacional, estimular a inovação tecnológica e garantir a autonomia produtiva do país.
Um conselho especial para coordenar a política de terras raras
De acordo com Amorim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando a criação de um conselho especial ligado à Presidência, responsável por coordenar políticas voltadas aos minerais críticos e estratégicos, como as terras raras. Este conselho deve assegurar uma gestão integrada e eficiente desses recursos, garantindo que a demanda interna seja definida e o uso racional dos recursos naturais seja planejado. “O Brasil deve abandonar o modelo de exportação de matérias-primas sem valor agregado”, enfatizou Amorim. “É preciso produzir e reciclar baterias, semicondutores e componentes eletrônicos localmente, garantindo independência tecnológica”.
Um plano ambicioso para a indústria nacional
O plano de Celso Amorim tem como objetivo definir a demanda interna, organizar o beneficiamento e planejar o uso racional dos recursos naturais dentro do território brasileiro. Ele comparou as terras raras ao urânio, ressaltando que ambos exigem visão de Estado, domínio tecnológico e planejamento de longo prazo. Essa estratégia não é apenas um desejo de futuro, mas sim uma necessidade para a transformação da economia nacional.
Um futuro promissor para a indústria brasileira
Com um investimento de US$ 18,45 bilhões em terras raras, o Brasil tem a oportunidade de transformar sua economia e se tornar um dos líderes mundiais em tecnologia e inovação. A criação de um conselho especial e a implementação de políticas eficientes de gestão de recursos naturais são passos importantes para alcançar este objetivo. É hora de o Brasil sair do papel e se tornar uma potência tecnológica.
O desafio da sustentabilidade
A transformação da economia brasileira em uma base tecnológica e sustentável não é fácil. É um desafio que exige visão, liderança e uma mudança cultural. No entanto, com a determinação do governo e da indústria nacional, o Brasil pode se tornar um exemplo a ser seguido em todo o mundo. A questão é: será capaz de cumprir este sonho?